
Olhando para os primeiros seis meses do mercado regulado no Brasil, qual foi o desenvolvimento regulatório ou tendência de mercado mais surpreendente na sua opinião?
Phyllyp Sedicias – Um dos desenvolvimentos mais surpreendentes e animadores foi o aumento do valor do tempo de vida do jogador (LTV). Isso provavelmente reflete o impacto de exigências mais rígidas de KYC, levando os jogadores a concentrarem sua atividade em uma única marca confiável. Essa mudança tem impulsionado um engajamento mais profundo e lealdade entre os jogadores — uma tendência saudável para um crescimento sustentável.
Outra surpresa positiva foi a eficácia dos esforços do Brasil para reprimir operadores não licenciados. Embora nenhum sistema seja perfeito, o atual arcabouço tem sido mais bem-sucedido do que o esperado na limitação da atividade do mercado ilegal, o que ajuda a construir um ambiente mais justo e transparente. Isso nos coloca em uma posição favorável para o crescimento futuro, a longo prazo.
Por fim, o surgimento de licenças estaduais e municipais abriu caminho para operadores locais mais empreendedores em todo o Brasil. Diferente de uma licença federal, essa abordagem permitiu que marcas menores entrassem no mercado sem um investimento inicial massivo, incentivando a inovação e um alinhamento mais próximo com as comunidades locais.
Na WA.Technology, vemos isso como parte vital de um ecossistema próspero — um que promove criatividade, competição e expertise regional.
Quais tendências de comportamento dos jogadores você observou que são únicas do mercado brasileiro em comparação com outros mercados da América Latina?
Uma das maiores tendências que continuam a se destacar é a crescente demanda por experiências personalizadas. Os jogadores brasileiros não estão apenas em busca de novos jogos — eles querem entretenimento especificamente adaptado aos seus hábitos individuais. Esse foco na personalização é onde o mercado brasileiro realmente se diferencia dos outros mercados da Europa e da América Latina.
Na WA.Technology, sempre defendemos uma abordagem centrada no jogador; a mudança regulatória no Brasil abriu as portas para concretizar essa visão. Agora estamos vendo um verdadeiro impulso por trás da customização impulsionada por tecnologia — basta olhar para outras marcas centradas em entretenimento, como Netflix ou Spotify, que pavimentaram o caminho para oferecer conteúdo baseado nas preferências do usuário. Com o aumento do uso de IA e análise de dados, os operadores podem criar experiências de apostas que ressoem de forma mais profunda com o público brasileiro.
Essa tendência de personalização sinaliza a evolução do mercado brasileiro de uma abordagem transacional para uma abordagem experiencial. Não se trata apenas de fazer uma aposta, mas de se envolver com uma plataforma que te conhece, se adapta aos seus gostos e entrega entretenimento de forma realmente pessoal. Embora estejamos apenas a seis meses do início da estrutura regulatória, acredito firmemente que essa demanda por personalização só continuará a se tornar um foco central.
Quais têm sido alguns dos maiores desafios ou armadilhas para operadores que entram no Brasil? E como a WA.Technology ajuda seus parceiros a enfrentá-los?
O Brasil oferece um potencial enorme para operadores que desejam expandir sua presença global. Mas atenção: não é um mercado de abordagem única.
Até agora, vimos várias marcas invadirem o mercado brasileiro. Um dos erros mais comuns é abordar o Brasil da mesma forma que fariam com a Europa ou outros mercados da América Latina. O Brasil é uma realidade completamente diferente.
Para ter sucesso aqui, os operadores precisam ser capazes de navegar pela vasta diversidade cultural e regional do país. O Brasil não é um único mercado; é composto por vários estados diferentes, cada um com suas próprias dinâmicas socioeconômicas e culturais. O que funciona em São Paulo pode não funcionar em Recife ou Porto Alegre. Por isso, adaptar sua estratégia de marketing, UX e CRM para que sua marca ressoe com o público local é absolutamente essencial.
Além disso, os operadores também precisam entender e lidar com o complexo arcabouço legal e tributário do Brasil. Entrar no mercado sem uma compreensão profunda de todos os requisitos legislativos pode rapidamente se tornar algo esmagador. Ao contrário dos sistemas mais unificados da Europa, o Brasil exige muito mais conhecimento jurídico, fiscal e operacional local em diversas especialidades — de tecnologia da informação e tributos a trabalho, emprego e propriedade intelectual.
Na WA.Technology, ajudamos os operadores a preencher essa lacuna oferecendo conhecimento local profundo e e prático. Conectamos nossos parceiros a consultores confiáveis, advogados e especialistas tributários brasileiros para garantir que eles possam navegar com facilidade pelas complexidades do mercado.
Também damos grande ênfase à adaptação dos nossos produtos às necessidades regionais. Fazemos isso com soluções leves para áreas com o limitado à internet, design culturalmente ajustado e estratégias de engajamento com o cliente.
Nosso objetivo é ajudar os operadores a lançar de forma mais inteligente, escalar mais rápido e evitar erros custosos — tudo isso oferecendo uma experiência personalizada e de classe mundial aos jogadores brasileiros. Conhecimento local não é apenas útil aqui, é crítico. E é aí que a WA.Technology se destaca.
Quais recursos específicos da WA.Platform têm atraído mais interesse dos operadores que buscam entrar no mercado brasileiro?
Um dos recursos de maior destaque no Brasil é o alto nível de customização disponível na WA.Platform. Os operadores brasileiros valorizam liberdade e flexibilidade — e é exatamente isso que estamos oferecendo.
Nossas atualizações mais recentes permitem que os clientes personalizem totalmente sua plataforma, desde o design do front-end até a funcionalidade do back-end. Seja com equipes de tecnologia internas ou com nossa orientação, os operadores podem realmente criar e moldar a experiência do jogador de acordo com sua identidade de marca, estratégia de mercado e preferências regionais.
Esse nível de controle ressoa fortemente no Brasil, onde diferenças culturais e regionais exigem soluções hiperlocalizadas. Os operadores não querem uma plataforma genérica; querem as ferramentas para construir algo único e relevante.
O papel da WA.Technology é fornecer tanto a infraestrutura quanto a liberdade para inovar. Apoiamos nossos parceiros em cada etapa do caminho e lhes damos autonomia para crescer de acordo com seus próprios termos. Em um mercado como o Brasil, onde a diferenciação é essencial, essa flexibilidade tem se mostrado um verdadeiro divisor de águas.
Que conselho você daria para novos entrantes que estão considerando ingressar no recém-regulamentado mercado brasileiro?
Entrar no mercado regulado brasileiro é uma oportunidade significativa. No entanto, como vimos nos últimos seis meses, uma entrada bem-sucedida no Brasil exige preparação cuidadosa. Meu principal conselho? Não tente fazer isso sozinho.
Para ter sucesso no Brasil, é preciso não apenas entender as diversas dinâmicas em jogo, mas também saber se adaptar às particularidades do mercado. A melhor forma de fazer isso é se associar a um parceiro brasileiro confiável, com conhecimento profundo do mercado local e que compreenda os aspectos legais, tributários e regulatórios.
A estrutura brasileira é altamente complexa e única; ter expertise local poupa tempo, dinheiro e frustrações desnecessárias.
Um erro comum é assumir que certificações globais se aplicam automaticamente. Elas não se aplicam. Mesmo que sua plataforma seja certificada pela GLI em outro lugar, o Brasil exige uma versão local da certificação — ou seja, será necessário ar novamente pelo processo de aprovação. Operadores que ignoram isso podem sofrer atrasos custosos.
O sucesso no Brasil também depende de operadores proativos, preparados e conectados localmente com o mercado. Na WA.Technology, continuamos ajudando nossos parceiros a ganhar vantagem no Brasil ao oferecer uma equipe local com a orientação, ferramentas e estratégias certas desde o primeiro dia. O Brasil é um espaço empolgante para inovar e crescer, desde que haja a preparação adequada.
Por fim, qual é sua perspectiva para o mercado brasileiro nos próximos seis meses? Podemos esperar consolidação, inovação ou talvez aumento da concorrência?
O mercado brasileiro está evoluindo rapidamente, e o ritmo da consolidação tem sido muito mais acelerado do que muitos esperavam. Em apenas seis meses, já vimos várias marcas de peso entrando no mercado, buscando aproveitar a fase inicial da regulamentação no Brasil.
Com essa “corrida do ouro” inicial, diversas marcas de médio porte têm enfrentado dificuldades para atender às exigências regulatórias, o que tem levado a saídas, fusões e aquisições. Essa primeira onda de consolidação já está redesenhando o cenário brasileiro.
Olhando adiante, espero ver um aumento no interesse de grandes players internacionais que vêm observando com cautela os desdobramentos regulatórios. À medida que o arcabouço se estabiliza, esses gigantes globais — de grandes operadoras a fundos de investimento — começarão a entrar no mercado de forma mais assertiva.
Mas o Brasil ainda representa um “oceano azul” de oportunidades. Há espaço para todos prosperarem aqui — de operadores nichados, voltados a regiões ou verticais específicas, até grandes empresas prontas para atuar nacionalmente. A chave para se destacar será ter um forte conhecimento do público local e alinhar seu investimento de forma estratégica.
A inovação também terá um papel central. Tendências como personalização via IA e o crescimento das criptomoedas já estão moldando a próxima geração de experiências de jogo. Na WA.Technology, enxergamos o Brasil não apenas como um novo mercado, mas como uma plataforma de lançamento para pensamento global, tecnologia disruptiva e crescimento centrado no jogador. A oportunidade é enorme para quem estiver pronto para agir com propósito.
A WA.Technology é comprometida com práticas de Jogo Responsável. Leia nossa Declaração de Jogo Responsável para saber mais.
Fonte: WA.Technology